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A violência obstétrica, infelizmente, é uma realidade que afeta muitas mulheres no Brasil. Se você está grávida ou planeja engravidar, é crucial saber identificar e combater essa prática. Vamos juntas entender seus direitos e como garantir um parto seguro e respeitoso?

O Que é Violência Obstétrica?

Violência obstétrica é qualquer tipo de agressão física, verbal, psicológica ou sexual que uma mulher sofre durante a gravidez, parto ou pós-parto. Essa violência pode ser praticada por médicos, enfermeiros ou outros profissionais de saúde. É importante saber que você tem o direito a um tratamento digno e respeitoso.

Como Identificar a Violência Obstétrica?

Fique atenta a estas situações:

1. Negligência e Omissão de Socorro

Enfermeira ignora gestante em corredor de hospital.
Negligência e omissão de socorro são formas de violência obstétrica que colocam em risco a saúde da mãe e do bebê.

Se você sentir que suas queixas não são levadas a sério ou que demoram a receber atendimento, pode estar sofrendo negligência. A demora injustificada em realizar um parto cesárea quando há indicação médica também é uma forma de violência.

2. Humilhação e Discriminação

Gestante chorando em leito hospitalar, sentindo-se humilhada.
Humilhação e discriminação durante o parto são inaceitáveis e configuram violência obstétrica.

Comentários ofensivos sobre seu corpo, sua capacidade de ser mãe ou sua vida pessoal são inaceitáveis. A discriminação por raça, classe social ou orientação sexual também configura violência obstétrica.

3. Procedimentos Não Consentidos ou Desnecessários

Médico realizando procedimento em gestante sem consentimento.
Procedimentos não consentidos ou desnecessários são uma forma de violência obstétrica que viola os direitos da mulher.

Realizar episiotomia (corte no períneo) sem necessidade ou forçar um parto normal quando há indicação de cesárea são exemplos de procedimentos abusivos. Você tem o direito de ser informada sobre todos os procedimentos e dar seu consentimento.

4. Proibição de Acompanhante

Gestante sozinha na sala de parto, com expressão ansiosa.
A proibição da presença de um acompanhante de confiança é uma forma de violência obstétrica.

A lei garante o direito de toda mulher ter um acompanhante de sua escolha durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato. Impedir a presença do acompanhante é uma forma de violência.

5. Violência Física

Manobras como a de Kristeller (pressão na barriga para acelerar o parto) são perigosas e consideradas violência física. Toques excessivos e dolorosos também entram nessa categoria.

O Que Fazer Diante da Violência Obstétrica?

Se você se identificar com alguma dessas situações, saiba que não está sozinha e pode buscar ajuda.

1. Reúna Provas

Anote tudo o que aconteceu, quem estava presente, o que foi dito e feito. Se possível, grave conversas e tire fotos. Essas provas serão importantes para denunciar o caso.

2. Busque Apoio Médico e Psicológico

É fundamental cuidar da sua saúde física e mental. Procure um médico de confiança e um psicólogo para te ajudar a lidar com o trauma.

3. Denuncie!

Você pode denunciar a violência obstétrica nos seguintes órgãos:

  • Ouvidoria do SUS: Telefone 136.
  • Ministério Público: Formalize uma denúncia por escrito.
  • Conselhos de Medicina e Enfermagem: Denuncie o profissional responsável.
  • Delegacia da Mulher: Registre um boletim de ocorrência.

4. Compartilhe Sua História

Falar sobre o que aconteceu pode ajudar outras mulheres a identificar e combater a violência obstétrica. Use as redes sociais, participe de grupos de apoio e converse com amigos e familiares.

Como Prevenir a Violência Obstétrica?

A melhor forma de evitar a violência obstétrica é se informar e se preparar para o parto.

1. Elabore um Plano de Parto

Documente suas preferências e expectativas para o parto. Leve o plano para a maternidade e discuta-o com a equipe médica.

2. Escolha uma Equipe Humanizada

Pesquise e converse com diferentes profissionais para encontrar aqueles que respeitem seus direitos e desejos.

3. Informe-se Sobre Seus Direitos

Conheça a legislação que protege as mulheres durante a gravidez e o parto. A informação é sua maior arma.

4. Confie na Sua Intuição

Se algo não parecer certo, questione e busque uma segunda opinião. Você tem o direito de tomar decisões sobre seu corpo e seu bebê.

Tabela de Direitos da Gestante e Parturiente

DireitoDescrição
AcompanhanteTer um acompanhante de sua escolha durante todo o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.
InformaçãoReceber informações claras e completas sobre todos os procedimentos e medicações.
ConsentimentoDar consentimento livre e informado antes de qualquer procedimento.
RespeitoSer tratada com dignidade e respeito, sem discriminação ou violência.
PrivacidadeTer sua privacidade respeitada durante todo o processo.

Para não esquecer:

A violência obstétrica é crime! Não se cale diante dessa situação. Busque ajuda e lute por seus direitos!

Dúvidas Frequentes

O que fazer se me negarem o direito a um acompanhante?

Exija seus direitos e denuncie a maternidade à ouvidoria do SUS e ao Ministério Público. A presença de um acompanhante é garantida por lei.

Como saber se um procedimento é realmente necessário?

Peça explicações detalhadas sobre o procedimento, seus riscos e benefícios. Busque uma segunda opinião se necessário.

Onde encontrar apoio psicológico após sofrer violência obstétrica?

Procure um psicólogo especializado em traumas e violência. Grupos de apoio também podem ser úteis.

Para não esquecer:

Você não está sozinha! A violência obstétrica é uma realidade que precisa ser combatida. Juntas, podemos garantir um parto seguro e respeitoso para todas as mulheres.

Compartilhe este artigo com outras mulheres e ajude a divulgar informações importantes sobre violência obstétrica. Sua voz pode fazer a diferença!

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Nascida e criada no coração do Vale do Itajaí, Carolina Medeiros é Redatora Chefe no Notícias Vale do Itajaí, onde dedica sua paixão pelo jornalismo a contar as histórias que moldam a região. Formada em Jornalismo pela UFSC e com mais de uma década de experiência, ela se especializou em cobrir a economia local, a política e as tradições que tornam o Vale único. Para Carolina, o jornalismo é uma ferramenta de conexão e fortalecimento da comunidade, um compromisso que ela honra em cada reportagem, buscando sempre dar voz aos cidadãos e promover a transparência.

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